O que a autoajuda me ensinou...
... sobre trabalho criativo, negócios e escrever na internet! Os ultra eruditos dos clássicos da literatura que me perdoem, mas todo gênero literário já teve algo a me oferecer!
Mas, antes… chegou a hora do nosso encontro presencial anual!
Antes da edição da semana, peço licença para este anúncio de algo que desde 2023 me enche de alegria: a versão presencial desta news, um encontro de conteúdo e networking! Depois de papearmos sobre tendências em 2023 e conteúdo como negócio em 2024, a edição 2025 chega com o tema Começar de novo – reposicionamento, coragem criativa e novos começos para mulheres que querem mudar com estratégia.
Mais da metade das vagas já foram preenchidas na pré-venda pelos assinantes das versões pagas da news (que têm acesso a 25% de desconto entrando pelo link no rodapé desta edição anterior), mas hoje lanço também em versão aberta para todos os interessados. Um encontro intimista, com vagas proposital e fisicamente limitadas, em um espaço lindo. Nos vemos em agosto para planejar (re)começos neste segundo semestre?!

Autoajuda, é isto mesmo?! Oito lições que vêm dela!
Taí um corredor de livraria que atrai muitos, mas repele com ainda mais força todos os que não são fregueses do gênero, certo? Mesmo sabendo que a enorme maioria dos substackers deve fazer parte do segundo grupo, arrisco-me a contar que este tipo de livro orbitou por bastante tempo em minhas listas de leitura. Até o início da pandemia, mais especificamente, eu li possivelmente alguma coisa de todos os autores mais festejados/criticados da categoria.
Hoje, esta não é mais a minha prioridade – tanta coisa pra ler e tão pouco tempo! –, mais porque já li muitos do que por qualquer tipo de preconceito. Eu acredito que todos os corredores da livraria têm coisa boa e coisa ruim. E listo aqui tudo que a autoajuda acumulada do passado trouxe para minhas práticas de trabalho...
1. NÃO LEVAR NADA PARA O PESSOAL: taí um comum defeito no digital, achar que tudo existe para si. Preço, tema, formato, tudo aquilo que encanta um repele outro na mesma medida. E assim é para ser – não existe trabalho que atenda a todos. Se na autoajuda o “não levar para o pessoal” tem um quê de não sentir-se ofendido, no trabalho criativo ele se mistura a minhas aulas na faculdade de economia/adm… Quem quer “vender” (escrever, falar) pra todo mundo não vende pra ninguém.
2. QUEM TÁ NA ARENA?: a frase de Brené Brown (que nunca foi exatamente minha favorita entre as autoras) ressalta que “as críticas daqueles que não se arriscam na arena não devem ser levadas em consideração”. Se você está disposto a expor um trabalho para além das portas de sua casa deverá entender que vai ter rejeição – especialmente por conta do tópico acima, que faz com que muitos não saibam simplesmente ignorar o que não é voltado para eles. E se for se importar ou se paralisar por conta disto, vai morar no primeiro quadradinho do tabuleiro da vida (profissional) para sempre. Ouse desagradar. Não de forma intencional, mas entendendo que faz parte do jogo.
3. RASO É RUIM?!: o raso tem valor (esta cabe especialmente para o "negócio newsletter”, viu?). As pessoas têm orgulho de serem eruditas, mas, no fim do dia, o superficial pode ter tanto ou mais valor. A gente nem sempre quer aprender algo ou se concentrar enormemente para seguir uma leitura. A própria explicação para os números de vendas de livros de autodesenvolvimento (ou de colorir!) é uma prova… às vezes – e muitas vezes – a gente só quer ler uma passagem leve da vida alheia ou um texto que nos traga identificação e nos faça pensar sobre nós mesmos.
4. O CRIATIVO E A INTROVERSÃO: o introvertido não é necessariamente tímido. O criativo também nem sempre será introvertido, mas a combinação rola naquela base do “é raro, mas acontece bastante”! É aquele que pode estar entre 800 pessoas numa boa, feliz da vida, exercendo seu propósito maior de vida. Mas depois... aaaahh depois... ele vai precisar se autorregular pela solitude para conseguir começar a produzir mais. Rodar a rodinha do hamster carismático 24/7 vai, sim, fazer brotar uma baita entressafra criativa.
5. MINIMALISMO DIGITAL: quem trabalha com (e na) internet tem uma baita justificativa para aquele contador de horas de tela que cisma em atingir números assustadores. A divisão entre produção e procrastinação na rolagem é uma linha muito, muito tênue. Mas o excesso tem problemas que vão ainda além da ansiedade, do fuso bagunçado e da falta de descanso que acometem pessoas cujas existências profissionais não dependem diretamente da internet. No caso, entram em cena a comparação, a sensação constante de fracasso e a falta de limites. Saber desconectar-se é preciso, inclusive para estar conectado.
6. CORPO TÓXICO: basta assistir aos telejornais para saber que notícias ruins e tragédias rendem muito mais audiência do que uma coisa que é só boa e leve. É do ser humano o que o autor Eckhart Tolle batiza de “corpo de dor”. Em Um Novo Mundo, ele define o conceito como “o acúmulo de dor emocional não processada que se alimenta de experiências negativas, pensamentos destrutivos e sofrimento”. Isto explica por que os viciados em cancelamento citados na edição da semana passada tendem a conseguir seus recordes em cliques. Quem não está diposto a colocar a saúde mental na conta do que publica perde chance de audiência, é verdade, mas tem mais paz. A escolha fica a critério de cada criador, sem julgamento de valor.
7. CONSISTÊNCIA É OURO: “Se você é consistente com o que te faz bem, você experimentará resultados duradouros.” A frase é da americana Melissa Wood e resume muito do que se aplica ao trabalho de criar. Fazer duas edições de newsletter ou postar numa rede social por uma semana e meia só vai te trazer alguma coisa se rolar um viral – algo que vai na mesma rapidez com que veio, vale pontuar!
8. AGENTE TRANSFORMADOR: criar, escrever, postar podem parecer (e são mesmo) atividades muito solitárias. Não estamos vendo o outro lado – seja porque ele ainda não foi formado, seja porque ele está do lado de lá da tela, bem longe, em números que esquecemos de por em perspectiva. Mas entenda o conteúdo como agente transformador e seu trabalho ganha outro sentido. Pode ser um insight, um empurrão ou a dica de um médico de confiança, tenha certeza que todos temos o poder de tocar desconhecidos.
• aqui tem uma listinha de alguns livros selecionados da época em que os li •
Você sabia?
Especialmente para quem tem ou quer ter sua própria newsletter, em março passado gravei um especial com cinco papos com tudo que aprendi e aplico nas minhas publicações: técnicas, monetização, criatividade e branding no Substack. Em um mix de experiência no editorial com cabeça de exatas/formação em negócios, preparei com carinho um material que NÃO INCLUI fórmulas mágicas nem receitas imaginárias para ganhar x seguidores. Mas que pode ajudar quem também deseja usar esta plataforma como negócio, da configuração ao posicionamento. Detalhes do plano Insiders e como fazer seu upgrade são informações disponíveis no link abaixo.
O Plano Insiders também inclui um ano de assinatura completa da Amo News e acesso à aula Os Rumos do Conteúdo em 2025!
É tanta camada nesse texto!
Faço parte de grupos literários e sempre me sinto "pequena" ao citar livros de auto ajuda ou mentores que largaram tudo pra virar monges. A vdd é que acho que não teria chegado aqui, sem ter passado pela "literatura de aeroporto" ou 7 maneiras de fazer alguma coisa, ou ainda vivendo diariamente o milagre da manhã.
São os processos e eles não devem ser ignorados ou diminuídos.
As outras camadas tô anotando num papelzinho pra trabalhar em terapia.
Obrigada pelo texto.
Durante muito tempo tudo que eu tinha eram livros de auto ajuda lá ler. Acabei me acostumando e sei tirar deles o que serve pra mim. Adoro.