Quando produzir conteúdo era apenas blogar...
Como estou resgatando o modo dos blogs em 2007 para ter mais prazer no meu trabalho de criação e escrita + um especial (para assinantes premium) sobre os novos rumos do mercado de conteúdo em 2025.
Parece que foi ontem. Eu chegava em casa, lia pilhas de revistas, notícias e afins e corria para o computador para postar no ItGirls, meu blog de moda que existiu (2007-2010 RIP) antes do boom dos blogs de moda. Ele era construído – sem ne-nhu-ma pretensão, apenas prazer – porque eu estava sempre lendo muito e fazendo posts de todos os tamanhos e níveis de profundidade três vezes ao dia. Tudo na paralela de um emprego convencional que me fazia escrever mais uns dez textos no horário comercial.
O processo era intuitivo. Zero peso. Daquele montão de revistas, sites, livros e até fofoquinhas bondosas, eu mapeava o que achava interessante, fazia a tal da “curadoria” antes mesmo desta atividade levar este nome. Com prazer. O resultado era bem positivo, tanto que foi ali que minha carreira no próprio jornalismo teve um upgrade. Passei a ganhar (bem) mais como editora em site/revista e a ter nome e sobrenome só depois que meu blog passou a ter alguma relevância, alguma visibilidade. Em (quase) três anos, o It cresceu um bocado, mas nunca deixou de ser um hobby e nunca foi chamado de “produzir conteúdo”.
Ultimamente, sinto que, por vezes, minha saturação com a profissionalização da internet me bloqueia até para escrever uma única edição por semana. E é por isso que ando visitando meu antigo eu e suas práticas de criação espontânea e cotidiana, para me inspirar no que (e como) a escrita-hobby alimenta(va) minha alma.
A figura da blogueira nasceu como a de uma amiga quase próxima que tinha sempre boas dicas. Espontâneas. Sem aquela dúvida clássica das celebridades à la “Xuxa usa monange?” dos anos 90. Alguém de quem tínhamos o e-mail e com quem conversávamos em comentários, ao contrário daquela figura da TV para quem pedíamos autógrafos na infância pré-selfie. Hoje esta personagem é chamada de influenciadora e deixou de ser a pessoa próxima, representando muito mais uma celebridade de nicho-bolha. Anda cercada por entourage, é protegida por assessores e dá dicas apenas daquelas marcas que a remuneram bem para isto. Quem começa do zero só tem dois caminhos: viralizar ou cair nas graças de um grupo e ir para este panteão em um ano ou… desistir depois de uma dúzia de postagens. É difícil alguém ficar parado na internet dos hobbies. Eu sinceramente nem sei se deveríamos. Mas fato é que, como leitores, ficamos sem referências, sem amigas virtuais. E, como blogueiras, entramos na rodinha do “criador de conteúdo”, cuja exigência de profissionalização – e monetização – leva embora uma parte boa daquilo tudo que era feito de maneira tão leve, tão fácil…
Elas também querem voltar às origens…
Nos últimos dias, duas influenciadoras dos tempos modernos desabafaram sobre a mesma saudade: a do fazer por prazer.
+ Valentina Issler: a brasileira que mora em Londres, tem uma carreira como advogada, e viralizou no Tiktok apenas com histórias e carisma contou que o crescimento orgânico a levou a uma insatisfação. Passou a se comparar com outras tiktokers e a acreditar que precisaria ter uma assessora, fazer publis, elaborar um branding. Sendo que ela tem um emprego convencional, é feliz com ele e… nunca nem quis ser influencer, apenas buscava dividir dicas e cotidiano. Depois de seis meses de afastamento, ela voltou e diz que seguirá postando como era no começo, sem pressão, como mero exercício de criatividade.
+ Arielle Charnas: a novaiorquina com mais de um milhão de seguidores no insta – e um percentual elevado de cancelamentos – postou nos stories dia destes que busca, depois de mais de 15 anos, voltar às raízes do blogar. Reacendendo a paixão que já teve pela atividade, antes de assinar com agências, fazer colabs e até lançar a própria marca de moda, que faliu em alguns anos…
É difícil dizer se eu, Valentina e Arielle (guardando as devidas proporções numéricas que nos separam!) conseguiremos trazer toda a leveza da época em que nada era nem perto de um negócio. Mas talvez exista uma coluna do meio no jeito de fazer as coisas… e é para lá que estou mirando!
Um minutinho para os reclames…
{sempre vale um disclaimer: vender produtos elaborados e assinaturas pagas é o que permite manter minhas newsletters de modo não comercial, com opiniões isentas, sem patrocinadores influenciando pautas e com foco total no respeito a quem me lê! obrigada por respeitar e por estar aqui.}
Já tinha adiantado no meu Daily 40s e no meu instagram, mas oficializo aqui que estou abandonando o Hotmart. A plataforma que serviu de casa para meu negócio quando a pandemia nos soterrou em 2020 nunca foi a minha cara – e a cada ano que passa é menos ainda. Sou do presencial. Curti e curto a ideia de levar meus conteúdos mais extensos de modo online para quem está distante, mas hoje posso fazer isto por aqui. E é como farei. Como já estou fazendo.
Assinantes do plano Insiders já têm acesso aqui à aula Os Rumos do Conteúdo (que foi um bônus inédito para os inscritos no Insiders Online 2024) e, em fevereiro, receberão três vídeos gravados sobre configuração, monetização e posicionamento estratégico de Substack, com tudo que aprendi sobre a plataforma. Novos materiais estão nos planos 2025, tudo no Amo News Insiders!
Aqui mesmo, abaixo, tem um pequeno resumo por escrito com os principais tópicos de Os Rumos do Conteúdo em 2025 – disponível para assinantes de todos os planos mensais ou anuais. Mas, para ver a aula completa em vídeo, você tem três alternativas:
Inscritos no Conteúdo como Negócio em 2024 têm acesso gratuito direto na plataforma, logando em suas contas do Hotmart. Ainda não é incrito?Redisponibilizei as inscrições até o dia 31 de janeiro neste link. É minha despedida real-oficial do Hotmart!
Assinantes da Amo News no plano Insiders Founding Members passam a ter incluídos como bônus no plano esta e qualquer outro vídeo/papo/aula/entrevista que eu fizer daqui em diante, sem custos extras. Você pode gerenciar seu plano Amo News neste link!
Por fim, se gostaria de acesso APENAS à aula bônus sobre os Rumos do conteúdo em 2025*, você pode adquiri-la – também até 31 de janeiro, também acesso ilimitado por um ano – de modo avulso por um valor super especial neste link.
*Novos rumos do conteúdo em 2025 (50 min de duração): de que cenário viemos, o pré-pandemia e a chegada de 2025; e, afinal, o que queremos no digital?; cases “o futuro é agora” com exemplos; desafios para marcas e criadores & conclusões finais.
Três rapidinhas da semana…
E como abrimos com a foto da musa, aqui o link do novo Substack da Plum Sykes.
Uma planilha, muitas polêmicas. Longe de mim passar pano para influencer bem na semana em que uma super simpática dos stories praticamente virou a cara para um elogio meu ao vivo (!!!). Mas as avaliações dos influenciadores precisam ser lidas com bom-senso. Não há santos nem perfeitos. Mas toda história tem três lados e, embora haja muita coisa verdadeira (deve haver) nos reviews, temos que pensar: o briefing não foi seguido à altura ou o briefing não foi passado de forma clara e eficiente? O profissional digital não tem flexibilidade ou ele não estava disposto a entregar além do pago/contratado? Faltou boa vontade ou o “erro” dele foi cobrar um pagamento atrasado? Muitas perguntas precisam ser feitas para separar a antipatia pessoal do profissionalismo em um mercado tão jovem que tem disparates tão radicais entre as cifras de quem contrata e de quem é contratado.
Já compraram o(s) livro(s) da ?! Comecei a ler este aqui e coloquei o mais novo na listinha. E que toda dor emocional se transforme em direitos autorais!
Os novos rumos do conteúdo em 2025: cinco destaques
Meia dezena de tópicos em uma versão resumida em texto da aula especial, para todos os assinantes de todos os planos pagos (mensal, anual e insiders founding members!). Se ainda tem apenas o plano gratuito da Amo News, você pode fazer seu upgrade no botão abaixo e ter acesso também a 200 edições passadas completas e mais todas as que estão por vir durante toda a validade de sua assinatura.