O que não mais faz sentido...
...permita-se deixar pra trás! A história de uma agenda que aplica-se a carreiras, redes sociais, pessoas e metas.
Eu comprei uma agenda 2024 nova. No dia 5 de fevereiro. Depois de ter gastado os tubos em outra agenda 2024 em outubro do ano passado. E depois de passar o mês de janeiro "brigando" com a primeira eleita, assumindo que – pelo gasto – encararia um 2024 de pouco prazer em algo que sempre adorei (organizar a agenda), entendi que eu podia mudar.
Vejam bem, eu não sou uma pessoa mão fechada nem super racional na hora de fazer compras (até gostaria de ser mais). Mas detesto desperdício e imaginar que o refil caro daquela agenda chique de couro, cuja capa era meu sonho realizado em 2010, ia pro lixo... me deixava tão incomodada que eu sequer contava com a possibilidade de simplesmente voltar atrás. Usei a tal agenda, mudando os refis, por uns oito anos. Depois simplesmente deixei a capa no armário e fui ter outras experiências na vida. Mas, puxa, ela é tão linda, chique, por que esquecê-la numa prateleira qualquer, vou voltar a ela em 2024. Esse foi meu pensamento em outubro passado. O refil era mais caro que uma agenda nova, ok, culpa do dólar atual, mas encarei. Afinal organizar agenda de papel está no meu top 10 prazeres banais da vida (depois que li o post da minha amiga
sobre o prazer do supérfluo consegui ainda mais colocar isto em palavras racionais).Passei janeiro in-tei-ri-nho sem prazer nenhum na tarefa outrora tão agradável. A página da agenda era pequena, o modelo de fichário (me) incomodava para escrever, aquele objeto que um dia fora um sonho de consumo não me representava em mais nada. Mas eu tinha deixado um dinheirão naquele refil, me restava seguir apenas com a função utilitária da coisa e me lembrar disto na hora de escolher a versão 2025. Será? Apelei pro racional e entendi que talvez não valesse a pena deixar de perder pouco mais de um real por dia para passar o ano sem meu prazer cotidiano. Ainda negociei com meu próprio cérebro dizendo que a nova seria a agenda de casa e a outra ficaria como agenda de bolsa – ignorando o fato de que provavelmente nunca saí com uma agenda na bolsa, mas não deixem que meu cérebro escute esta parte. E comprei uma agenda verde limão que já começou a me dar o prazer supérfluo no minuto em que a tirei da caixa.
Mas depois de três longos parágrafos (espero que tenha chegado até aqui!), queria ressaltar que este texto não é sobre modelos de agenda nem mesmo sobre o sentido dos prazeres supérfluos. É sobre a autopermissão para mudar. De ideia, de rumo, de preferência, de desejo. A agenda de logo chique e discreto representava a Ale de 2010, independente de seu modelo de página; a Ale de 2024 já provou muito do que queria provar, não está nem aí para símbolos de status e quer mesmo o conforto que descobriu quando navegou em outros mares.
Claro que há mudanças e mudanças, desejos e desejos. Nem todos podem ser realizados em tempo real e vários passam por cima da responsabilidade da vida adulta – e dos (não) privilégios aí envolvidos. Mas, muitas vezes, custa o R$ 1 diário que temos na carteira (ou até bem menos do que isto) a capacidade de olhar pra si e saber o que realmente se quer hoje. Não ontem nem amanhã, hoje. Vem daí a coragem de deletar uma rede social que pouco te acrescenta na prática, a ação de desenhar novos planos de carreira e até a opção de rever quem e o que faz parte do seu cotidiano.
Nem todos os sonhos são imediatamente realizáveis, mas os que são... por que não?! A vida se faz também de pequenos prazeres, um brinde a eles!
p.s. está será uma edição mais reflexiva, especialmente para a segunda virada de ano do Brasil, que para tantos "só começa depois do carnaval"!
O Amo Insiders Online
Nos últimos três meses, bastante gente aterrissou por aqui (eba, bem-vindos!), nos planos pagos ou gratuito, e talvez não conheça o Amo Insiders, encontros de conteúdo que nasceram da Amo News. Enquanto preparo a segunda edição, abrirei novamente as inscrições da versão online da primeira, que faz um passeio por dez tendências confirmadas em dez aulas gravadas.
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{Também nesta edição: por que é difícil fazer rede social em 2024; o quanto o nicho (ainda) importa no seu negócio; como uma marca forte vende tudo; e o que está por trás do Grammy da Miley.}