Amo (Busi)News #10: dossiê networking
Mais do que palavra da moda, o networking é um alimento poderoso de relacionamentos, carreiras e trocas. Hoje, divido meu ponto de vista (introvertido) e converso com quatro referências no tema.
imagem: The Wing, coworking para mulheres que nasceu em NY com a proposta de networking, conteúdo e encontros – mas acabou envolvido em polêmicas e desvio de proposta.
Qual sua relação com o networking? Para você a socialização é natural ou um desafio? Sua personalidade – extrovertida ou introvertida – facilita este processo? E, talvez o mais importante, você já reconhece o poder de encurtar caminhos que um bom e autêntico networking traz para sua carreira e até para seus relacionamentos pessoais?
Começar por estas perguntas e pela auto-observação é um importante ponto de partida quando falamos de networking: tema tão em alta e, ao mesmo tempo, tão cercado de mal-entendidos e interpretações equivocadas. A prática não é (ou não deveria ser) apenas para extrovertidos, apenas para quem tem carreira corporativa nem mesmo apenas para quem está ativamente no mercado de trabalho. Todos precisamos de trocas, de ajuda e de doação, na mesma medida. E tudo isto faz milagres nas nossas trajetórias.
Antes de abrir o dossiê, no qual tive a chance de conversar com quatro especialistas – por ofício, por dom ou por ambos – nesta "arte do networking", peço licença para usar meu exemplo pessoal. NÃO sou a pessoa dos eventos! Tenho uma personalidade 100% introvertida, o que nada tem a ver com timidez, apenas sinaliza que minha bateria facilmente se descarrega em meio a pessoas – ao contrário dos extrovertidos, que se recarregam exatamente assim, socializando. Depois de longas e intensas interações, PRECISO me recolher na minha total privacidade. E tudo bem.
Brinco que sou a introvertida que mais conhece pessoas no mundo: amo fazer pontes (e modéstia à parte já fiz muitas e boas!), gosto de apresentar gente e unir empregados a empregadores, futuras sócias e consumidores a marcas. Não por acaso me dei conta que o networking informal era um ponto alto nos eventos presenciais da (extinta) Amo Branding e usei isto como chamada para o evento da minha nova marca – o Amo News Insiders será um evento de conteúdo e... networking. Não é necessário fazer nada mirabolante para que isto aconteça naturalmente quando juntamos o grupo certo, de pessoas com interesses parecidos e energia na mesma página, afinal.
Em tempo: nem apenas de almoços, cafés e encontros se faz o alimento dos relacionamentos. Em tempos de redes sociais, então... Eu amo apoiar quem eu gosto, faço elogios e dou bons feedbacks sinceros. Não espero nada diretamente em troca, mas sempre me surpreendo como o universo sempre devolve – nem sempre da mesma fonte, mas tudo bem. Muitas vezes, negligenciamos o poder das trocas quando "esquecemos" que curtir/comentar o publi da amiga, compartilhar o texto da vizinha de rede, divulgar o projeto novo de um colega e prestigiar o evento da conhecida são coisas que importam, sim. Não é um toma-lá-dá-cá, é um movimento de círculo virtuoso de médio/longo prazo.
Mas, e aí, dá pra aprender a socializar? Como começar a fazer networking estando fora do mercado corporativo? Quais características devemos estimular em nós para tal? E o que o networking pode de fato fazer por nossas carreiras e vidas? Com a palavra, Anna Moreno Damico, Sari Bonenkamp, Duda Maia e Ju Barbeiro, quatro especialistas que estão no meu – e merecem estar no seu – radar!